A decisão da juíza substituta Mariana Pereira Alcântara dos Santos, da 1ª Vara Cível de Maringá, foi publicada nesta segunda (14) e marca a agonia dos impressos em todo o país — que estão em processo de acelerada extinção.
O Diário vinha atendendo na região aos interesses políticos e econômicos do governador Beto Richa (PSDB) e do ministro da Saúde Ricardo Barros (PP).
De acordo com Rigon, em seu excelente blog, a juíza aceitou o argumento de que “a queda na venda de assinatura e de exemplares avulsos dos jornais impressos, além da popularização do acesso à internet através dos smartphones e tablets, “que permitem acesso quase imediato a publicações e notícias, o que faz com que boa parte dos consumidores perca o interesse pela mídia física, cenário que afeta também outros meios de comunicação, como o rádio e a TV”.
A Editora Central Ltda, responsável pelo O Diário, diz que cumpre função social em Maringá e região e destaca que está no ramo há 40 anos.
A quebra do Diário é somente mais um capítulo da anunciada morte dos jornais impressos que também já vitimou a Gazeta do Povo, de Curitiba, que era tido o maior do Paraná, e liquidou o Jornal de Londrina aos 26 anos. Agora, depois de 100 anos de papel, o grupo RPC aposta num blog.
O fim dos jornais impressos é uma inexorável tendência cujo epitáfio venho fazendo nos últimos anos.
Voltemos à vaca fria, isto é, para o caso O Diário de Maringá.
A justiça, que negou segredo de justiça no caso, determinou a intimação do Ministério Público, das Fazendas Públicas Federal e de todos os estados e municípios em que a devedora tiver estabelecimento, para fins de elaboração do quadro-geral de credores”. EM 20 dias, com a apresentação do plano, o processo terá prosseguimento.
Fonte: Esmael Morais