A construtora e incorporadora PDG Realty apresentou ao juiz da 1ª Vara de Falências de São Paulo seu novo plano de recuperação judicial, pedindo providências para a convocação de uma assembleia geral de credores. O plano tem ajustes que resultaram de conversas entre o Grupo PDG e credores nas últimas semanas.
Segundo a companhia, o plano prevê novas estratégias e um novo plano de negócios, podendo definir, dentre outras diretrizes, a “redução de sua estrutura e seu contingente de colaboradores para redimensionamento de seus custos gerais e administrativos”.
O plano também prevê a conclusão dos empreendimentos em andamento; esforços adicionais para a venda da base atual de ativos do Grupo PDG para levantar recursos; e exploração do conjunto de terrenos que apresentam elevado potencial de desenvolvimento de novos empreendimentos imobiliários.
De acordo com a PDG, o grupo fará uma reestruturação e equalização de seu passivo dos créditos concursais, que apesar de não se submeterem aos efeitos do plano, poderão ser reestruturados em negociações bilaterais.
De acordo com o plano, as empresas do grupo pretendem concluir e entregar os empreendimentos que já tiveram obras iniciadas e consideram a explorar novos projetos.
Pela proposta, os credores trabalhistas terão seus créditos pagos integralmente, em 6 parcelas mensais, sendo a primeira devida em 180 dias corridos a partir da homologação judicial do plano e as parcelas seguintes devidas nos meses subsequentes, respeitado o prazo de 12 meses da homologação judicial do plano.
Segundo a empresa, os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial, até o limite de 5 salários mínimos por credor trabalhista, vencidos nos 3 meses anteriores à data do pedido, serão pagos no prazo de 30 dias corridos da homologação judicial do plano.
Os credores com garantia real poderão eleger a forma de pagamento de seus créditos de acordo com uma das opções: sistema de monetização de ativos imobiliários ou alienação de ativos imobiliários.
Pedido de recuperação
Em 22 de fevereiro, a PDG pediu recuperação judicial, após o acordo de reestruturação de dívidas assinado em maio de 2016 com bancos credores ter fracassado.
A justiça deferiu o pedido em 2 de março, nomeando a PricewaterhouseCoopers como administradora do processo. Foi estipulado ainda um prazo de 60 dias para a apresentação do plano de recuperação judicial.
No final de março, a PDG tinha dívida líquida e custos a incorrer da ordem de R$ 5,8 bilhões, conforme material de divulgação do balanço.
Em junho, a PDG e sua securitizadora apresentaram 38 planos de recuperação judicial, um principal para a controladora e maior parte das 512 sociedades de propósito específico (SPEs) e outros 37 planos individuais para os empreendimentos segregados pelo patrimônio de afetação (regime pelo qual os bens e direitos vinculados a um empreendimento, como terrenos e vendas, ficam separados do patrimônio total da empresa).
Fonte: G1