Embora a reunião entre caminhoneiros e empresários na quarta-feira (20) tenha terminado sem acordo, o Palácio do Planalto avalia como positiva a atuação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, na mediação sobre a tabela de fretes.
Editada pelo governo federal, a medida provisória que estipulou preços mínimos para o frete rodoviário de cargas gerou polêmica. Isso porque a criação da tabela era uma das reivindicações da categoria para por fim à greve, mas os empresários afirmam que os preços dos fretes dobraram.
Nas palavras de um ministro que acompanhou a greve dos caminhoneiros, Fux acertou ao ganhar tempo para tentar a mediação.
Há o reconhecimento no núcleo palaciano de que o governo não tinha mais poder de negociação, já que estava emparedado entre os caminhoneiros e o setor produtivo.
“O governo vai manter a palavra em apoio ao tabelamento do frete acertado com os caminhoneiros. Mas agora, a decisão caberá ao Supremo Tribunal Federal”, disse ao blog um ministro.
Atuação de Fux
Após o impasse na reunião desta quarta, Luiz Fux alertou que o Brasil não pode mais passar pelo que passou, numa referência à greve.
Sem consenso, Fux marcou novo encontro para 28 de junho. Segundo o ministro, os grupos ficaram de apresentar uma proposta intermediária para tentarem um acordo. Caso o impasse permaneça, uma nova reunião acontecerá em agosto.
“Com isso, Fux conseguiu baixar a temperatura do embate entre caminhoneiros e empresários”, observou um ministro próximo a Temer.
Na semana passada, Fux suspendeu provisoriamente todos os processos nas instâncias inferiores da Justiça que tratavam da MP, depois de uma solicitação da Advocacia-Geral da União.
Fonte: G1