A busca por inovação tecnológica é determinante para o desenvolvimento e expansão do mercado, exigindo uma adaptação das seguradoras para atender novas demandas
Bruna Carolina Bianchi de Miranda
Sabe-se que o mercado securitário está em ininterrupto crescimento, sendo que atingiu marca inédita de R$100 bilhões em arrecadação de prêmios de seguros no primeiro trimestre do ano. Dado referido cenário, é inevitável atrelar o uso da tecnologia como fator determinante para expansão do setor. Sendo assim, transparece que o uso da inteligência artificial nas operações comerciais auxilia e potencializa a gestão de atendimentos através da automatização de processos, evoluindo cada vez mais a performance dos resultados.
Impulsionada pela pandemia, houve uma aceleração na digitalização do setor securitário, novamente potencializada pelas catástrofes climáticas. A busca por inovação tecnológica é determinante para o desenvolvimento e expansão do mercado, exigindo uma adaptação das seguradoras para atender novas demandas.
Atualmente, pode-se observar o uso da tecnologia inserida nas plataformas e sistemas digitais, que visam otimizar tempo, sendo uma ferramenta de integração entre segurados, corretores e seguradoras. Outro exemplo é o uso de aplicativos móveis, através dos quais as seguradoras disponibilizam o acesso ao segurado para acompanhar, por exemplo, a regulação de um sinistro, cotações e acesso à apólice.
Entre as novidades, também destacam-se ferramentas que possibilitam a vistoria do imóvel sinistrado de forma remota em tempo real. Tal ferramenta é de grande valia no atual momento, considerando as catástrofes climáticas ocorridas no sul do País. Esta solução contribui substancialmente para a celeridade e economia no processo administrativo de regulação do sinistro para os segurados vítimas de enchentes.
Por seu turno, recentes estudos do setor securitário apontam que o uso de tecnologias contribuiu para contratações e renovações de apólices, tendo em vista a facilidade de acessar e adquirir produtos através de plataformas digitais.
Além do uso da tecnologia a favor da celeridade da regulação de sinistro, da potencialização na venda de produtos e na qualidade do atendimento aos usuários, há também ferramentas tecnológicas que possibilitam a segurança digital dos dados dos usuários, como por exemplo BIG DATA e BLOCKCHAIN. Aliadas, tais ferramentas trazem melhoria nas operações de sinistros e mais segurança para os dados coletados e armazenados, além de avaliação e gestão de risco com mais precisão.
Assim, diante da crescente demanda no mercado securitário atrelado ao alto número de usuários e dados coletados, as ferramentas digitais são essenciais para o desenvolvimento com segurança das atividades do setor e na expansão no mercado securitário, impulsionando a eficiência e a competitividade.
Bruna Carolina Bianchi de Miranda é advogada, coordenadora de soluções jurídicas na Rücker Curi – Advocacia e Consultoria Jurídica.